quarta-feira, 8 de outubro de 2014

FOTOGRAFIA ARTÍSTICA
A fotografia artística é a arte de fotografar de maneira não convencional, em que não existe uma preocupação única de retratar a realidade. Vai além disso. O fotógrafo registra o tema de uma forma que transcende o ordinário. Coloca a sua emoção, sua expressão e a sua perspectiva do mundo na imagem que produz. Da mesma forma que um pintor, um escultor ou qualquer outro artista o faz.

Para que o fotógrafo possa pensar em imagens artísticas precisa, em primeiro lugar, se libertar da idéia de produzir fotografias em que a luz, distância focal, foco e velocidade estejam em perfeita harmonia. Logicamente, é necessário ter domínio da técnica e conhecer o convencional para ousar. A idéia é usar todos os recursos de uma forma diferente da habitual. Além da câmera e da lente, de técnicas de revelação e ampliação, o fotógrafo de hoje conta com inúmeros recursos digitais, o que favorece a criatividade. E qualquer fotógrafo pode experimentar o lado artístico da fotografia, arriscar novos caminhos.
E aí vai um conselho: não se deixe levar pelo desânimo. Esforce-se ao máximo para levar uma idéia à frente. A frustração faz parte do processo criativo.
 
FOTOGRAFIA ARTÍSTICA OU FOTOJORNALISMO 

Todos os objectos que não exigem ser experienciados esteticamente são objectos práticos, veículos de comunicação e funcionais. Para ser fotografia artística implica ser experienciada esteticamente, com olhar desprendido da intelectualidade e não emocionalmente relacionada com realidades exteriores. Sendo representação artística, pode conter aspectos práticos e de funcionalidade, mas estes são secundários. Um juizo emitido pelo vulgo ou senso comum, não é suficiente para se considerar "arte". É preciso um juizo que ultrapasse o limite da subjectividade individual. Assim sendo, o fotojornalismo será uma linguagem prática e um veículo de comunicação funcional? A resposta é sim, embora tenha de se considerar aspectos colaterais que, somados aos primeiros, fazem da fotonotícia uma composição tanto mais rica quanto maior for o número de elementos que a compõem. Mas sem desviar a atenção dos leitores daquilo que é primordial: o registo da essência da condição humana, em imagens capazes não só de informar os leitores como também de lhes trazer esclarecimentos, a nível racional. No fotojornalismo, é obrigatório algo mais: um determinado olhar pirrónico, a visão crítica do fotógrafo-jornalista e a certeza de que nem todos os acontecimentos são notícia. O fotojornalista e o fotógrafo-artista, embora lidando com géneros diferentes, têm, pelo menos, um ponto comum: ambos não deixam de pressupor um diálogo entre aquilo que representam e o observador. Tal é suficiente para se justificar uma interrelação disciplinar, porque o destinatário dos seus trabalhos é comum - o Homem.

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