quarta-feira, 8 de outubro de 2014

                     Cao Guimarães                            (cineasta)

Cao Guimarães, cineasta e artista plástico, nasceu em 1965 em Belo Horizonte, onde vive e trabalha. É graduado em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e jornalismo na Pontifícia Universidade Católica - PUC, em Belo Horizonte, de 1983 a 1986. Posteriormente torna-se mestre em estudos fotográficos pela Westminster University, em Londres. Antes dedicado à fotografia, a partir dos anos 1990  produz vídeo, videoinstalações e filmes.
Em 1993, recebe o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte, para desenvolvimento do ensaio fotográfico Ex-Votos, com Rivane Neuenschwander . Em 1997, participa de curso sobre cinema experimental em The National Film-Makers Cooperation, em Londres. No fim da década de 1990, passa a realizar principalmente documentários experimentais. Como cineasta e videomaker dirige os filmes Otto,Eu Sou Um Outro (1998); The Eye Land, (1999);Sopro (2000); Hypnosis (2001); Word/World (2001); Fim do Sem Fim (2001); Volta ao Mundo em Algumas Páginas (2002); A Alma do Osso (2004); Rua de Mão Dupla (2004);Da Janela do Meu Quarto (2005); Concerto para Clorofila (2005); entre outros.
Desde o fim dos anos 1980, exibe seus trabalhos em museus e galerias como Tate Modern, Guggenheim Museum, Museum of Modern Art NY, Gasworks, Frankfurten Kunstverein, Studio Guenzano, Galeria La Caja Negra e Galeria Nara Roesler. Participou de bienais como a XXV e XXVII Bienal Internacional de São Paulo e Insite Biennial 2005 (San Diego/Tijuana). Alguns de seus trabalhos foram adquiridos por coleções como Fondation Cartier Pour L’art Contemporain, Tate Modern, Walker Art Center, Guggenheim Museum, Museu de Arte Moderna de São Paulo, MoMA NY, Instituto Cultural Inhotim, entre outros.
É premiado em festivais de vídeo e de cinema nacionais e internacionais. Publica artigos, críticas de arte e contos em suplementos literários de jornais e revistas.

Referência-  Wikipédia, a enciclopédia livre

O terror das selfies

Eleri _UEmbora possa parecer novidade para alguns, no meio digital esse termo já é comum. De um modo geral não é novo. Segundo consta, o termo foi cunhado e apareceu pela primeira vez em 2002 num congresso na Austrália. Mas se tornou popular recentemente quando virou febre com a também popularização das câmeras e celulares digitais, principalmente nas mídias sociais.
Para esclarecer, é uma espécie de autorretrato fotográfico tirada com uma câmera segura ao comprimento do braço e normalmente incluem apenas o fotógrafo ou o número de pessoas que pode estar em segundo plano (selfie de grupo). Tem também as de espelho, normalmente fazendo pose e beiço.
Embora a maioria faça uma selfie ‘apenas para aparecer’, como dizia meu pai, atualmente, “aparição” quase sempre vem associada à avaliação financeira e quase tudo na atualidade pode ser transformado em moeda, sendo valorada.
Vejamos a selfie mais famosa e valiosa até o momento, protagonizada na 86ª cerimônia de entrega dos Academy Awards, mais conhecido como Oscar 2014, ocorrido em março deste ano. Na ocasião, a apresentadora principal, Ellen DeGeneres, fez uma selfie com um grupo de vencedores do certame, tendo mais de 2,7 milhões de compartilhamentos.
Tirada por um celular da Samsung, chegou a congestionar o Twitter o que fez com que a ação publicitária fosse avaliada a algo entre 800 milhões a 1 bilhão de dólares.
Desde então virou uma febre sem precedentes na história recente da humanidade. Em qualquer lugar público que se vá, há pessoas fazendo caras e bocas, sozinhos ou acompanhados, e postando na net.
Ocorre que os limites da boa conduta também se quebraram nesse ambiente. Nacionalmente temos pelo menos dois episódios esdrúxulos.
O primeiro é o da morte do então candidato à presidência da república Eduardo Campos. Quando no seu velório foram feitas inúmeras selfies, inclusive e principalmente de pessoas famosas e muitas autoridades, que sem medo do ridículo faziam, ora cara de choro, ora de felicidade. Os motivos de um e de outro é que não se ficou sabendo ao certo.
As mais recentes, deste final de semana, foram as selfies das pessoas votando. Obviamente que está embutido nesse ato o orgulho de votar e devemos mesmo tê-lo, como país democrático que somos. Mas a questão deveria se encerrar aí.
É tão séria esta questão que a Polícia Federal (PF) criou inclusive uma ação específica para conter o crime. É a Operação Selfie na Urna que foi postada no perfil da PF no Instagram, tendo um aviso que selfie em votação é crime e pode render ao incauto pena de dois anos e multa, conforme a Lei 9.054.
Há outro alerta importante a ser considerado. Se nem mesmo os adultos tem noção do nível de exposição que fazem nas selfies e dos perigos que representam esses arroubos fotográficos, o que esperar das crianças e adolescentes, cada vez mais expostos ao ambiente virtual, mas que tem tudo de real.
Já existem até algumas variantes (ou subgêneros, como gostam de falar o pessoal ligado), como “belfie” (selfie do bumbum) e o “helfie”, que é para mostrar um novo corte de cabelo. Cada uma!!!!
As empresas, não diferente do que ocorre no ambiente pessoal também podem ser vítimas de ações incautas de colaboradores se expondo em atitudes inadequadas no ambiente de trabalho ou mesmo expondo processos para concorrentes.
Ou de outro, se bem coordenadas, podem ter grande utilidade como elemento estratégico para melhorar o nível de exposição e visualização das atividades das empresas, bem como de seus clientes, colaboradores e demais stakeholders.
Como elemento de marketing permite a aproximação com o público alvo, faz com os clientes percebam os bastidores da empresa tornando mais humana a percepção ou mesmo clientes fazendo uso dos produtos, materializando a identidade organizacional.
O que não vale em nenhum dos casos, são os exageros, sejam eles nos ambientes pessoais ou profissionais. No ambiente cotidiano ou no espaço reservado, use com parcimônia, como recomenda um comercial de bebidas.

http://www.atribunamt.com.br/2014/10/o-terror-das-selfies/

artes livre

Robert Lepage diverte-se quando é comparado ao cineasta Federico Fellini por sua habilidade em criar ilusionismo com um extravagante senso visual a partir da comunhão entre o hermético e o mundano. "Talvez porque, como ele, sinto que meu trabalho é tão revelador sobre quem sou e o que busco entender sobre mim mesmo."
É justamente isso o motivador do trabalho de Lepage que, por extensão, busca compreender o mundo. Em Espadas, a ação faz um paralelo entre duas cidades construídas no deserto, Las Vegas e Bagdá. A primeira, por conta de sua arquitetura fake, desponta como uma caricatura do mundo ocidental, enquanto Bagdá é a capital bombardeada pelo governo americano em nome da democracia. "É esse jogo de aparências que marca o espetáculo", conta Lepage. "Durante um fim de semana, diversos personagens se refugiam na cidade americana em busca de ilusões, mesmo que outra cidade no outro lado do mundo esteja sendo bombardeada."
Já Copas amarra Argélia, França, a cidade canadense de Quebec e a Primavera Árabe, em dois tempos, 2011 e 1856. Na época mais recente, surge Chaffik, jovem magrebino que trabalha como motorista de táxi no Canadá e que decide investigar sua árvore genealógica para desvendar o mistério do desaparecimento do avô.
Logo, ele descobre uma conexão com o famoso mágico francês Houdini que, em 1856, foi enviado pelo governo do seu país à Argélia, para rivalizar com o poder espiritual e mágico dos marabutos (eremita considerado santo por habitantes da região noroeste da África). "A relação entre eles em pouco tempo torna-se visível, não apenas por questão familiar, mas também por magia, crenças e fé", argumenta Lepage.
As fronteiras do tempo se esfumaçam e a Argélia colonial e suas ruelas se confundem com o mundo dos mágicos franceses (Robert-Houdin, Méliès), e de suas ligações com a ciência e o cinema. "Para esses espetáculos, adoto o formato arena, com o público cercando o palco como em um ringue de boxe", diz o diretor.
"Além de permitir que o espectador se sinta dentro da cena, há uma verticalidade que, metaforicamente, pensemos no céu e no inferno. Também o ator é obrigado a ter um maior domínio de espaço, pois sempre estará cercado de público, e a saber utilizar a voz com precisão."
No comando de um grande número de técnicos e atores, Lepage diverte-se ao se ver no meio de um caos organizado. "Sei que é um paradoxo, mas o caos é o início de tudo", justifica. "Quando começo o processo, não sei para onde vamos, mas sei que será um caminho louco."

ATUALIDADES - Todos pela qualidade

A forma como a escola usa o espaço, as relações interpessoais e a interação com a comunidade também são importantes na Educação das crianças


Escola limpa, bem conservada e equipada, com espaços adequados, equipe comprometida e comunidade atuante em seu cotidiano. Todos esses fatores são parte do que se entende por uma boa escola. O que nem sempre fica claro entre os integrantes da equipe, porém, é o objetivo primordial de buscar um ambiente como esse: oferecer condições para que as crianças, de fato, aprendam. Para que a gestão escolar seja bem-sucedida, cada medida tomada deve considerar esse preceito, funcionando como um verdadeiro filtro para todas as ações.

A maneira como diretor, professores e funcionários enxergam os alunos é outro ponto que pode determinar o funcionamento do ambiente. "É muito comum vermos equipes que parecem lidar com "alunos invisíveis", condenados a usar banheiros sujos, comer com o prato na mão, de quem se pode falar mal em sua frente, como se não estivessem lá", afirma a consultora pedagógica do Centro de Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), Maria Maura Barbosa. "O que existe é uma responsabilização do aluno (que é visto como quem depreda, é mal-educado) ou da comunidade (que é carente e violenta) pelas más condições da escola."

O gestor é o responsável pela criação de um ambiente acolhedor, que viabilize o trabalho educacional, cumprindo o projeto pedagógico da escola. Mas é essencial que ele envolva equipe, pais e alunos em torno desse objetivo. "Todos os atores da comunidade escolar ensinam e aprendem. E os espaços e práticas atitudinais também educam", diz Bianca Cristina Correa, especialista em gestão da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.

Por isso, o diretor deve estar muito atento ao que se transmite "nas entrelinhas" dos processos e das relações interpessoais que se estabelecem na escola. Seu desafio é o de coordenar diferentes gestões - equipe, espaços, parcerias, recursos - para promover a aprendizagem das turmas. "As questões burocráticas e administrativas são apenas meios para concretizar as propostas pedagógicas"
 

http://revistaescola.abril.com.br/

artes

Efeito Fog (Névoa)

hazy-photo-sandwich-bag-trick
Esse eu já vi bastante rodando pelo facebook, é realmente muito simples, serve para criar uma névoa na imagem e dependendo do reflexo da luz, é possível até um efeito quase flare (clarão de reflexo da lente – imagem inferior a direita). Muito interessante não achou?

Segundo turno

Aécio supera Marina na reta final e vai ao segundo turno contra Dilma

Do UOL, em São Paulo 




  • Ricardo Moraes/Reuters

    Dilma e Aécio no último debate, realizado pela TV Globo, na quinta-feira (2)

    Dilma e Aécio no último debate, realizado pela TV Globo, na quinta-feira (2)

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o senador Aécio Neves (PSDB) disputarão o segundo turno da eleição presidencial em 26 de outubro. O candidato tucano ultrapassou a ex-senadora Marina Silva (PSB) na reta final da campanha.

Com 100% das urnas apuradas, Dilma obteve mais de 43,2 milhões de votos (41,6%) contra 34,9 milhões de Aécio (33,5%) e 22,2 milhões de Marina (21,3%).

Fonte: TSE

Aécio aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto até amorte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, candidato pelo PSB, em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, em 13 de agosto.

Marina passou, então, de vice a cabeça de chapa do PSB e logo tomou o segundo lugar do tucano na preferência dos eleitores. A ex-ministra do Meio Ambiente chegou a ficartecnicamente empatada com Dilma em primeiro lugar no começo de setembro.

Alvo de ataques da petista e do tucano, Marina perdeu terreno e acabou superada por Aécio. O empate técnico entre os dois, que marcou o início davirada de Aécio, foi registrado pela primeira vez na pesquisa Datafolhadivulgada na última quinta-feira (2).

Com a virada na reta final, o senador mineiro evitou um fiasco histórico para o PSDB. Fundado em 1988, o partido só saiu derrotado da disputa presidencial no primeiro turno em 1989 – na ocasião, o candidato tucano era Mário Covas. 

O segundo turno está marcado para o dia 26 de outubro, o último domingo do mês. No horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, o tempo dos programas será dividido igualmente entre as candidaturas. Cada uma terá dez minutos por edição.

Artes- Cao Guimarães

Séries Gambiarras de Cao Guimarães.

Cao Guimarães diz: 

O meu conceito de gambiarra é algo em constante ampliação e 
mutação. Ele deixa de ser apenas um objeto ou engenhoca perceptível na 
realidade e se amplia em outras formas e manifestações como gestos, ações, 
costumes, pensamentos, culminando na própria idéia de existência. A 
existência enquanto uma grande gambiarra, onde não cabe a bula, o manual 
de instrução, o mapa ou o guia. A gambiarra enquanto ‘phania’ ou expressão, 
uma manifestação do estar no mundo. A gambiarra é quase sempre um 
‘original’ e não uma cópia, uma reprodução. E por isso é uma entidade viva, 
em constante mutação. Registrá-la é torná-la reproduzível, multiplicá-la 
modificando sua função fundamental. A gambiarra é justamente a falta de bula e de manuais de instrução, de 
mapas e de guias. A gambiarra é o não oficioso, o que não foi carimbado pela 
história e pelo selo de qualidade registrada.






ATUALIDADES - Aécio vence Dilma no berço do PT em São Paulo

Para analistas políticos, imagem da presidente está desgastada em todo o Estado


O fracasso do PT nas eleições em São Paulo foi além da derrota acachapante do candidato ao governo do Estado Alexandre Padilha.  Uma análise detalhada da apuração das urnas mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) teve votação inferior à de Aécio Neves (PSDB) em cidades que são tradicionais redutos petistas. Nem mesmo o Grande ABC, berço do partido, deu vitória à candidata de Lula.
Em São Bernardo do Campo, cidade onde o ex-presidente deu início à sua trajetória política, Dilma teve 32,79% dos votos válidos contra 36,25% do tucano. Em Santo André, Aécio ficou com 40,7% e a presidente, com 27,64%. Nas oito cidades governadas por petistas hoje na Grande SP, o chamado cinturão vermelho, Dilma venceu em apenas duas: Carapicuíba e Franco da Rocha.
A retração do apoio ao partido aconteceu apesar da concentração de esforços dos petistas na região durante a campanha eleitoral. Nas últimas semanas antes do pleito, Lula protagonizou uma maratona de comícios e agendas públicas nos tradicionais redutos. Os discursos eram abertos com referências ao vínculo histórico do partido com a cidade ou o bairro.
Em comício em Santo André ao lado de Padilha, no dia 24 de setembro, Lula disse aos militantes que tem uma relação de quatro décadas com a região, que nunca lhe faltou nas urnas.
— A esta cidade, eu devo gratidão porque foi daqui, junto com todas as cidades do ABC, que saí o deputado federal mais votado das eleições de 1986. O orgulho que eu tenho é de que esse povo nunca me faltou.


http://noticias.r7.com

                ATUALIDADES
80% dos deputados federais eleitos têm ensino superior

EscolaridadeOito em cada dez deputados federais eleitos neste domingo (5) têm ensino superior completo. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 411 políticos, de um total de 513, que concluíram uma faculdade.
O dado é superior à média dos candidatos que disputaram o cargo: 49% (dos mais de 7 mil postulantes ao cargo) declararam tal escolaridade.
Outros 38 eleitos não chegaram a terminar o curso universitário. Há ainda 45 com ensino médio completo e 4 com incompleto. Dez têm o fundamental completo e quatro o incompleto.
Entre os 513 eleitos, apenas um declara que “só lê e escreve”. Trata-se do deputado reeleito por São Paulo Tiririca (PR), o segundo mais votado no estado, com mais de 1 milhão de votos.

artes:fotografia

Coleção de bonecos
A paixão pelo brinquedo começou na década de 80, quando Rafael ainda era criança. Em 2012, ele comprou uma máquina fotográfica profissional e resolveu aliar duas coisas que ele gostava muito: Lego e fotografia.
Em foto de exposição no Rio, minifigura de Lego faz o desafio do balde (Foto: Rafael Sobral/Divulgação)Em foto de exposição no Rio, minifigura de Lego faz
o desafio do balde (Foto: Rafael Sobral/Divulgação)
“Em uma viagem eu decidi comprar um monte de bonecos de Lego e a máquina. Depois pensei que deveria brincar de Lego de uma maneira mais séria. No início, eu colocava as fotos na minha conta pessoal do Instagram. As pessoas curtiam, mas achavam que as fotos não eram minhas. Foi quando decidi fazer uma conta destinada só para os bonecos. De repente, comecei a ter seguidores de todo mundo. Tem gente da Malásia, da China, dos EUA, todo mundo entra lá e deixa um comentário positivo”, contou Rafael Sobral.
A marca dinamarquesa que fabrica os bonecos de Lego lançou minifiguras em 2010. São bonecos feitos especialmente para os que adoram a brincadeira de colecionar. Eles são inspirados em personagens do cinema, história, profissões e hobbies. Cada figura vem lacrada em uma embalagem. A ideia é estimular a troca entre os colecionadores, lembrando os álbuns de figurinha.

Diário de uma repórter: Quatro dias de convívio com o ebola/Atualidades

Diário de uma repórter: Quatro dias de convívio com o ebola

  • BBC
    Três meninas conseguiram sobreviver à doença e esperam para voltar para casa
    Três meninas conseguiram sobreviver à doença e esperam para voltar para casa
A repórter da BBC especializada em saúde global Tulip Mazumdar está em Serra Leoa, um dos países mais atingidos pela epidemia de ebola, que já infectou mais de 7 mil pessoas e matou mais de 3,3 mil.

O país, como outros do oeste da África, não conta com uma boa infraestrutura de saúde. Serra Leoa tem uma população de 6 milhões de pessoas, mas apenas 136 médicos, 1.017 enfermeiros e parteiras e 114 farmacêuticos, de acordo com o site do Serviço de Informações sobre Saúde e Desenvolvimento Humano e Social da África.

Leia o relato da jornalista em meio à devastação causada pela doença.

Primeiro dia: Bem-vindos a Freetown

Está muito escuro quando chegamos ao aeroporto de Lunghi, por volta da 1h da manhã, e a chuva é pesada. A viagem de Londres para cá, que antes da epidemia durava seis horas, agora demorou 20 horas. Nenhuma companhia aérea está fazendo voos diretos da Grã-Bretanha para Serra Leoa, então tivemos que parar em Paris e Casablanca.

Na chegada, antes de irmos para o prédio principal do terminal, somos levados para dois contêineres vermelhos, cheios de cloro. Todos, silenciosamente, lavam as mãos antes de entrar. Imediatamente recebemos uma "declaração de saúde", um formulário com perguntas como onde estivemos nas últimas oito semanas, se estamos com febre, diarreia ou vômitos.

Também recebemos um folheto explicando o que é o ebola e como é o contágio. Cartazes semelhantes estão espalhados pelo saguão de chegada.

Passamos pela imigração e, antes de pegar a bagagem, somos parados novamente por homens com luvas e jalecos brancos. Um deles sorri e então colocada um termômetro a poucos centímetros de minha cabeça. "36,5 graus: você pode passar", disse.AmplEnc

Segundo dia: Os coveiros

Hoje estamos filmando no principal hospital de referência do país, o hospital Connaught, no centro de Freetown. Quando entramos, vejo uma mulher deitada em um banco, com a cabeça entre as mãos, ela parece muito mal. Esta área é onde estão os pacientes com sintomas de ebola, mas a ajuda aqui é limitada.

Não é um centro de tratamento, é uma enfermaria de isolamento dentro do hospital. As pessoas viajam muitos quilômetros a partir daqui, de ambulância, para conseguir o tratamento adequado. Existem apenas 18 leitos neste hospital e estão todos lotados.

O último paciente a chegar é um bebê de um mês, cujos pais morreram devido à doença durante a noite. Ele também pode estar infectado e pode morrer em alguns dias. Tudo o que se pode fazer é alimentá-lo e pegá-lo no colo, usando roupas especiais para proteção.

Quando estamos saindo do hospital, um caminhão preto estaciona. Uma equipe chega para retirar dois corpos e sepultá-los no cemitério próximo. Seguimos o carro fúnebre improvisado até o cemitério.
Uma área inteira está isolada e reservada apenas para as vítimas do ebola e casos suspeitos. Entrar aqui é estranho e trágico. Há centenas de sepulturas, a maioria recente, com montes frescos de lama em cima. Uma ou duas têm uma cruz ou brinquedos de crianças. A maioria não tem nada. O que é marcante é a escala: 400 corpos foram sepultados aqui em uma questão de semanas.

A equipe de sepultamento é eficiente e quase jovial. Imagino que seja a única forma para que eles consigam trabalhar com isto todos os dias.

O supervisor do cemitério, Abdul Rahman Parker, conta que foi isolado pela comunidade. As pessoas os temem pois ele lida com os corpos das vítimas do ebola. Mas ele diz que não se importa e que o país precisa que ele continue trabalhando.
O dia termina com as equipes de sepultamento jogando as roupas de proteção na última cova: máscaras, luvas e macacões. Começou a chover de novo. Tiramos nossas roupas de proteção e colocamos em um saco amarelo, especial para conter risco biológico, passamos um spray com desinfetante e voltamos para o hotel.

Terceiro dia: Desespero e esperança

Ficamos sabendo sobre uma pequena organização não governamental italiana chamada Emergency que, recentemente, estabeleceu um novo centro de tratamento nos arredores da capital, então vamos para lá.

Quando estacionamos, vemos várias pessoas parecendo bravas e desesperadas. Mantivemos a distância e perguntamos, aos gritos, o que está acontecendo.

"Meu irmão Francis está doente e eles não o aceitam neste centro. Falam que está lotado. O que devemos fazer? Fomos de hospital em hospital o dia todo e ninguém o aceitou."

Espio dentro do carro, Francis está no banco do passageiro, olhar distante. Os olhos dele estão vermelhos e ele está com sintomas claros do ebola. Depois de quase uma hora tentando, a família desiste. Os cinco voltam para o carro e vão embora. Todos no carro agora correm o risco de contrair a doença.

Quando entramos no centro de tratamento, sinto o desamparo e a frustração que a família deve ter sentido e exijo saber a razão de Francis não ter sido atendido. O coordenador do centro, Luca Rolla, me conta que a prioridade tem que ser os funcionários e os pacientes que eles já estão tratando. Ele disse que eles não podem ir além da capacidade pois arriscariam a segurança dos outros no centro. Um dos médicos já contraiu o vírus e está sendo tratado na Alemanha.

Luca anotou os detalhes da família e, se um leito ficar disponível em qualquer lugar em Freetown ou arredores, ele entrará em contato.

Ele disse que, no momento, o que eles precisam é de mais funcionários de saúde de outros países e treinamento para os funcionários locais. E mais centros de isolamento. Até que isto aconteça, ele afirma que terá que recusar pacientes sabendo muito bem de todos os riscos da volta destes pacientes para suas comunidades, de infectar ainda mais pessoas.

Enquanto filmamos, o telefone de Luca toca, ele atende, sorri e nos chama. Luca recebeu a notícia de que um leito ficou disponível em outro centro para a família que ele acabou de recusar. Ele liga para eles imediatamente e fala para todos irem direto para lá.

Então, vimos outro lampejo de esperança. Três meninas estão sentadas, pacientemente, em bancos, vestindo túnicas da mesma cor. Elas sobreviveram ao ebola e irão para casa.
Quarto dia: Ao vivo, da linha de frente do ebola

Começamos cedo para editar o material que filmamos nos últimos dias.

Montamos as câmeras no topo de nosso hotel para a entrada ao vivo. Tentar fazer um relato ao vivo do lado de fora do hotel é muito mais arriscado devido ao nível de contaminação do ebola no país. Não queremos multidões à nossa volta. Nosso assessor para biossegurança, Mark, checa se o lugar é seguro e então nos estabelecemos.

Os últimos dias foram muito movimentados, mas enquanto me apronto para a primeira transmissão ao vivo, tenho um momento para olhar para trás e apreciar a bela cidade. Vejo colinas cobertas de florestas em volta do Oceano Atlântico. A calma não dura muito tempo, as nuvens aumentam e uma tempestade se aproxima.

Depois de alguns problemas devido à chuva pesada e trovoadas, nosso sinal de satélite volta.

Então, pouco antes das 18h, e antes de mais uma entrada no canal BBC World, Mark chega com péssimas notícias. Francis Samuka, que foi rejeitado no centro de tratamento italiano no dia anterior na nossa frente, morreu.

A família ligou e disse que ele morreu em outro centro de isolamento há algumas horas. A irmã mal conseguia falar quando deu a notícia. Meu coração fica apertado... e então escuto o apresentador no fone de ouvido: "Tulip, quais são as últimas notícias?"
Referência: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2014/10/07/diario-de-uma-reporter-quatro-dias-de-convivio-com-o-ebola.htm

Eleições 2014

Nordeste será foco prioritário de Dilma e Aécio no segundo turno

Folha de S.Paulo
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO 

Região que costuma alavancar a votação do PT nas eleições presidenciais, o Nordeste será tratado pelas campanhas da presidente Dilma Rousseff e do tucano Aécio Neves como cenário prioritários neste segundo turno.

Dilma, que obteve 50% dos votos da região no primeiro turno, prepara uma ofensiva nesta semana para tentar ampliar a vantagem.

Editoria de Arte/Folhapress


A petista desembarca nesta quarta (8) em Teresina (PI), para um encontro com prefeitos e lideranças políticas e repete o modelo da reunião, à noite, em João Pessoa (PB).

O PT tenta acertar na Paraíba o apoio do atual governador e candidato à reeleição, Ricardo Coutinho (PSB), que disputa o comando do Estado com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB).

No primeiro turno, Coutinho apoiou Marina Silva, que deve declarar apoio ao presidenciável tucano.

Coordenadores da campanha de Dilma afirmam que obtiveram sinalizações de que o candidato do PSB na Paraíba pode abrir espaço em seu palanque para a petista.

                     ATUALIDADES 

Deputado federal mais velho tem 84 anos e o senador eleito com mais idade, 81

Deputado federal e senador mais velhos
O deputado federal mais velho a ser eleito neste ano foi Bonifácio Andrada (PMDB-MG), de 84 anos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dos 513 deputados federais eleitos, 302 têm entre 46 a 65 anos, o que corresponde a 58,9% do total. Apenas 44 (8,6%) têm mais de 65 anos.
Quanto aos 27 senadores eleitos, o mais velho é José Maranhão, que se elegeu pelo PMDB na Paraíba aos 81 anos. Ele é um dos oito senadores que têm mais de 65 anos, o que corresponde a 29,6% do total. A maioria (15) tem entre 46 e 65 anos. Apenas quatro têm entre 26 e 45 anos.

Cao Guimarães - Biografia

Cao Guimarães, cineasta e artista plástico, nasceu em 1965 em Belo Horizonte, onde vive e trabalha. É graduado em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e jornalismo na Pontifícia Universidade Católica - PUC, em Belo Horizonte, de 1983 a 1986. Posteriormente torna-se mestre em estudos fotográficos pela Westminster University, em Londres. Antes dedicado à fotografia, a partir dos anos 1990  produz vídeo, videoinstalações e filmes.
Em 1993, recebe o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte, para desenvolvimento do ensaio fotográfico Ex-Votos, com Rivane Neuenschwander . Em 1997, participa de curso sobre cinema experimental em The National Film-Makers Cooperation, em Londres. No fim da década de 1990, passa a realizar principalmente documentários experimentais. Como cineasta e videomaker dirige os filmes Otto,Eu Sou Um Outro (1998); The Eye Land, (1999);Sopro (2000); Hypnosis (2001); Word/World (2001); Fim do Sem Fim (2001); Volta ao Mundo em Algumas Páginas (2002); A Alma do Osso (2004); Rua de Mão Dupla (2004);Da Janela do Meu Quarto (2005); Concerto para Clorofila (2005); entre outros.
Desde o fim dos anos 1980, exibe seus trabalhos em museus e galerias como Tate Modern, Guggenheim Museum, Museum of Modern Art NY, Gasworks, Frankfurten Kunstverein, Studio Guenzano, Galeria La Caja Negra e Galeria Nara Roesler. Participou de bienais como a XXV e XXVII Bienal Internacional de São Paulo e Insite Biennial 2005 (San Diego/Tijuana). Alguns de seus trabalhos foram adquiridos por coleções como Fondation Cartier Pour L’art Contemporain, Tate Modern, Walker Art Center, Guggenheim Museum, Museu de Arte Moderna de São Paulo, MoMA NY, Instituto Cultural Inhotim, entre outros.
É premiado em festivais de vídeo e de cinema nacionais e internacionais. Publica artigos, críticas de arte e contos em suplementos literários de jornais e revistas.


Instagram comemora 4 anos com retrospectiva; Confira 10 fotos com a história da rede



Nesta segunda-feira, 6, a rede social queridinha dos amantes da fotografia completa quatro anos. Fundado em outubro de 2010 pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, o Instagram alcança números expressivos: são mais de 200 milhões de usuários e cerca de 60 milhões de fotos por dia.

Para celebrar a data, a rede social resumiu sua própria trajetória em dez imagens, que passam por sua criação, a chegada ao Android e a compra pelo Facebook. Confira:

1. A primeira foto foi publicada pelo fundador Kevin Systrom no dia 16 de julho de 2010, antes mesmo do lançamento oficial do app.
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2. Em seis semanas, o protótipo do aplicativo estava pronto. Os fundadores fizeram todo o trabalho, inclusive o logotipo.
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3. O primeiro espaço de trabalho da plataforma foi um escritório colaborativo em Embarcadero, na cidade de São Francisco (Califórnia - Estados Unidos).
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4. O lançamento oficial do Instagram ocorreu em 6 de outubro de 2010. O aplicativo alcançou o topo do ranking da App Store com mais de 1 milhão de usuários na primeira quinzena de dezembro.
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5. Systrom registrou a primeira vez que viu seu app sendo usado por um desconhecido quando andava no metrô. “Você sabe quem fez o meu dia? Este cara. Primeira vez que vejo uma pessoa desconhecida usando o aplicativo em público”, publicou.
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6. Com o sucesso, a equipe se mudou para um escritório em South Park Street, São Francisco.
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7. Dois anos depois do lançamento, a plataforma já tinha mais de 25 milhões de usuários. A equipe cresceu e outra vez mudou de escritório. Pela falta de mobília, o almoço era feito no chão.
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8. A entrada do Instagram no Android aconteceu em 2012 e fez com que mais usuários integrassem a rede social.
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9. Uma semana após o lançamento do app para Android, o Instagram anunciou a união com o Facebook. A foto foi feita no dia do anúncio.
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10. Em 2013, o Instagram lançou recursos, como o serviço de vídeos.
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http://portal.comunique-se.com.br/index.php/comunicacao/75342-instagram-comemora-4-anos-com-retrospectiva-confira-10-fotos-com-a-historia-da-rede