sexta-feira, 25 de julho de 2014

Rebeldes terão atingido avião por engano, primeiros corpos chegam à Holanda.

A Rússia “criou condições” para o abate de avião da Malásia com 298 pessoas a bordo por rebeldes do Leste da Ucrânia, disseram os Estados Unidos, revelando mais provas da deslocação de um sistema de mísseis entre os dois países como resposta ao que responsáveis chamaram "a campanha de desinformação de Moscovo".
Mas Washington não responsabilizou directamente a Rússia pelo acidente do voo MH17, e os responsáveis de espionagem pensam que o avião foi abatido por engano – os separatistas julgariam provavelmente que estavam a acertar num avião de carga ucraniano, supõem.
O material veio a Rússia, repetiram os EUA, pormenorizando a parte do treino dado pelos russos aos rebeldes – que nas últimas semanas vinham a usar mísseis terra-ar para deitar abaixo aviões ucranianos. Uma das informações que se esperam que estejam nas caixas negras é justamente a da altitude a que voava o avião – as autoridades ucranianas ordenaram que os voos fossem feitos a pelo menos 32 mil pés depois de um avião de transporte ter sido abatido a 21 mil pés, três dias antes de o avião da Malásia se ter despenhado (que se pensa que voaria a 33 mil pés).
Peritos adiantam que para uma conclusão sobre o tipo de projéctil que abateu o avião os destroços e a inspecção do local da queda serão mais importantes do que as caixas negras, que serão agora analisadas por peritos britânicos. Mas responsáveis já disseram temer que o que foi alterado no local, depois do caos que se seguiu à queda do aparelho, possa ter levado pistas vitais.
Responsáveis americanos apontaram ainda para comunicações nas redes sociais para imputar responsabilidade aos rebeldes e apoiar a suspeita de que se tratou de um engano. “Depois de se ter tornado evidente que o avião era civil, os separatistas apagaram posts em redes sociais em que se congratulavam por terem abatido um avião e terem um sistema de mísseis terra-ar”, disse uma fonte num briefing, segundo o jornal britânico The Guardian.
O norte-americano Washington Post diz que a falta de treino de quem operava o sistema e ainda o facto de não haver outros sistemas de radar que normalmente são usados em conjunto com os mísseis para ajudar a distinguir aviões militares de civis terão contribuído para o engano.

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